As ideias estavam mais ou menos no lugar, mas como todos os projectos o nosso também é um ser dinâmico e inconstante, e alguns aspectos foram-se alterando até chegarmos ao resultado final.
Depois de algumas tentativas definimos o desenho que serviria de base à composição. Impunha-se um esboço simples e bem delineado onde fosse fácil "encaixar" diferentes elementos.
Assim surgiu o desenho apresentado, ao qual fomos acrescentando elementos de cor e figurativos.
Começámos pela porta de bar ao fundo do cenário, que decorámos com uma imagem de borboleta em tons quentes (pois trata-se de uma extensão da aura da mulher) sobre um tom escuro, para dar mais realce à borboleta.
A imagem da borboleta, que a princípio pensámos que só funcionaria como mais um elemento no meio da composição, acabou por ser crucial no trabalho, pois foi a partir dela que preenchemos a maioria do cenário.
Utilizando partes da imagem, ampliando, torcendo, alterando cores e tonalidades, fomos compondo o cenário, que acabou por resultar muito mais "vivo" do que pretendíamos a princípio. Em vez de um local sombrio, transformámo-lo num bar quente; em vez de contrariar a força da figura feminina, transforma-se num prolongamento da mesma, como se a mulher tivesse contagiado todo o local com a sua energia vibrante.
Decidimos manter o traço de lápis em algumas partes da composição, para dar uma ideia de sobreposição e "mostrar" um pouco a técnica que usámos.
Quanto à mulher, conseguimos que mesmo assim se destacasse, iluminando o corpo (gradação de cor sobre um fundo branco) para dar a ilusão de "aura". O cabelo, elemento-chave, tornámo-lo mais escuro e aplicámos-lhe pinceladas de vermelho, dando a ideia de volume e calor que pretendíamos. A forma como está desenhado também dá a ilusão de movimento.
O gato é um elemento que queríamos discreto, mas que não passasse despercebido. Conseguimos isso aumentando o contraste do mesmo.
No final, conseguimos exactamente o que pretendíamos, mas uma forma um pouco diferente da que pensámos inicialmente, como era de prever.
domingo, 21 de março de 2010
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